A mudança de carreira não é, nem deve ser, um tabu. É algo que acontece muitas vezes e deve ser encarado como uma etapa no processo evolutivo enquanto pessoa e profissional.
Existem vários motivos pelo qual poderá querer fazer uma mudança de carreira, como por exemplo:
… ou simplesmente não está feliz. E esta razão é – sem dúvida – a mais importante de todas, pois não se pode esquecer que passa a maior parte do seu dia a trabalhar, pelo que é fundamental que se sinta feliz no seu trabalho.
Uma mudança de carreira envolve sempre uma mudança de emprego e independentemente da razão pela qual se pretende fazer esta mudança, existe sempre uma verdade absoluta – é importante aproveitar esta oportunidade para evoluir. Evoluir sobretudo enquanto profissional, pois este é o momento de fazer uma introspeção e perceber quais são os seus pontos fortes e quais os pontos nos quais deve trabalhar para chegar onde quer.
Vamos agora abordar 5 dicas que o podem ajudar neste processo.
1 - Conceba um plano exequível
Como diz o autor e orador norte-americano Greg Reid:
“A dream written down with a date becomes a goal. A goal broken down into steps becomes a plan. A plan backed by action makes your dream come true”.
O que isto significa, é que não vale a pena fazer grandes planos, se esses planos não forem suportados por ações concretas.
Não pode, nem deve descurar o seu plano a longo prazo, mas deve sim tentar perceber como é que esta mudança de carreira se apresenta perante o seu plano de vida e daí deve começar a planear uma estratégia que o leve até onde quer ir.
Se não estiver certo do plano que pretende para a sua carreira, então procure quem o poderá ajudar, através de serviços de aconselhamento e orientação profissional.
Deve também delinear os seus objetivos SMART (Specific, Measurable, Achievable, Realistic, Time-bound), este passo irá ajudar a que consiga navegar melhor durante este processo.
2 - Aprender, Aprender, Aprender
Não é à toa que colocamos esta palavra-chave 3 vezes. Fazemo-lo porque se realmente pretender mudar de carreira, então a aposta no conhecimento é essencial.
A primeira análise que deverá ser feita, após decidir o que se quer fazer, é perceber quais são as credenciais necessárias ou importantes para desempenhar com sucesso a função que pretende ocupar. Tente separar o absolutamente essencial daquilo que o valoriza e perceba por onde deve começar.
3 - Comece por projetos Freelancer
Segundo a PORDATA, em 2022, 14,5% da população portuguesa era trabalhador por conta própria e este tipo de trabalho freelance tem algumas vantagens, pois permite a flexibilidade na aprendizagem e adquirir experiência que irão melhorar as suas possibilidades de conseguir o emprego que pretende.
No âmbito do processo de mudança de carreira, os projetos freelance vão ajuda-lo a entrar paulatinamente na nova área de atividade, sem ter que abandonar o emprego a tempo inteiro, o que é o receio mais representativo dentro deste tipo de processos.
Outro argumento valioso é o facto de se começar por projetos desta natureza, quando completar a mudança para um novo emprego a tempo inteiro, já terá alguma experiência que lhe será certamente valiosa.
4 - Networking é a palavra-chave
É também aqui que deve concentrar as suas ações, pois é a falar com elementos na sua rede que já desenvolvam atividade na área onde pretende ingressar que vai realmente aprender o que deve fazer (e quando) para conseguir atingir o seu objetivo.
Deve ser criterioso na rede que constrói e tentar seguir vários especialistas na área em questão, pois estes profissionais poderão partilhar consigo conteúdo valioso sobre como ultrapassar desafios que para si serão novos.
Não se esqueça que um candidato também é avaliado pela rede de contactos que poderá trazer - ou não - para uma empresa, pelo que o networking deverá ser uma extensão do seu currículo.
Adicionalmente, nunca é demais relembrar que será também através desta rede que lhe poderão aparecer novas oportunidades.
5 - Desenvolva uma marca pessoal forte
Isto pode-lhe soar a cliché, mas acredite que é mesmo uma verdade absoluta, pois a sua marca pessoal é o seu melhor cartão de visita.
Não nos podemos esquecer que vivemos na era digital, pelo que a sua marca vai ultrapassar bastante o eventual alcance que o seu currículo possa ter. Se é verdade que o que se coloca na rede fica na rede, então aproveite para trabalhar a sua presença digital e controlar a sua marca de acordo com a mensagem que quer transmitir.
Segundo o Jobvite, 59% dos candidatos que procuram emprego investigam a empresa nas redes sociais antes sequer de se candidatarem, ora, revertendo o raciocínio, é mais do que lógico assumir que os recrutadores fazem o mesmo aos candidatos.
Tente perceber primeiro como se classifica como profissional e que mensagem quer passar aos recrutadores, para depois construir a sua marca à volta desses pilares.
Em conclusão, demonstre aos recrutadores como é que encarou este processo de mudança, pois a disciplina, a perseverança e a dedicação demonstrada vão ajudar os recrutadores a verem a sua melhor versão.